
Na terça-feira (15), foi realizada uma importante reunião da Comissão de Organização dos Empregados (COE) do Santander, na sede da Federação dos Bancários de São Paulo. O encontro contou com ampla participação de sindicatos de várias regiões do país, incluindo as Federações dos Bancários de Alagoas, Rio Grande do Norte e Pernambuco, além de representantes de diversos sindicatos filiados de todas as regiões do Brasil.
Entre os participantes, esteve presente o presidente do Sindicato dos Bancários de Tupã e Região, Carlos Roberto Lopes Bueno, o presidente da Federação dos Bancários de Pernambuco, Gustavo Walfrido, que destacou a importância da mobilização conjunta e do fortalecimento da representação sindical diante das mudanças em curso no banco.
“É fundamental que o Santander compreenda que não se pode promover mudanças estruturais sem diálogo. Estamos aqui para defender o emprego, os direitos e a dignidade dos trabalhadores. A unidade das federações e sindicatos de todo o Brasil é a nossa maior força,” afirmou Gustavo Walfrido.
Durante a reunião, foram discutidas pautas relevantes e urgentes que preocupam a categoria bancária, a começar pelo anúncio de fechamento de agências. O documento que circula entre os trabalhadores, prevendo mudanças estruturais e estratégicas no banco, foi amplamente contestado pelos representantes sindicais. O Santander, por sua vez, alegou que está absorvendo o maior número possível de funcionários no processo de reestruturação e reafirmou seu compromisso em continuar atuando como um banco de rede, com presença física nas agências.
Outro tema debatido foi o plano de saúde oferecido pela Unimed, alvo de diversas reclamações por parte dos trabalhadores. Os dirigentes sindicais destacaram a insatisfação com a qualidade do atendimento e dos serviços prestados. O banco respondeu garantindo que haverá fiscalização e cobrança da prestadora, com o objetivo de melhorar o serviço e garantir o cumprimento do que foi contratado.
A mudança de metas durante o mês, prática que vem sendo denunciada por bancários em várias regiões, também foi levada à mesa. O Santander afirmou que essa não é uma prática institucionalizada e que os casos relatados são pontuais. A COE, no entanto, reforçou a necessidade de regras claras e estabilidade nas métricas de avaliação de desempenho.
Por fim, os representantes sindicais abordaram a situação dos dirigentes sindicais lotados em agências, que têm sido prejudicados no recebimento da remuneração variável. O banco se comprometeu a analisar a produtividade dessas agências e verificar a situação desses dirigentes para que não haja perdas injustas.
Esses foram alguns dos principais pontos tratados na reunião, que teve como objetivo abrir diálogo com o banco diante de possíveis mudanças estruturais e estratégicas que impactam diretamente os trabalhadores.
A COE Santander reiterou sua posição em defesa dos empregos, da valorização dos trabalhadores e do fortalecimento das negociações coletivas. A expectativa é que o banco mantenha o canal de diálogo aberto e dê os encaminhamentos necessários para garantir respeito e condições dignas de trabalho para toda a categoria.
